7.9.16

"de agora em diante"



um lamento de banda oitentista portenha,
uma fuga de pedalinho num lago cercado
pelas forças invencíveis, agora nós vemos,
de uma blitzkrieg açucarada em puteiros,
amanteigada nas ações de bem-aventurança,
uma tonteira de nossos corações neuróticos,
prisão de ventre de nossa pálida religião juvenil.
cabelos não esvoaçam ao sopro da masmorra,
apodrecem-nos assuntos pelas frestas da porta.
sobrevoar junto às moscas a repetição das fezes,
um cerco que nada seja senão um rebotalho,
um ruminar improvável de onde nasce força,
a suspensão violentada de quem fará até o fim.

Um comentário:

Isadora P. disse...

Por que tem dois poemas duplicados?