este que não se
apresenta
e move meus músculos,
revolve meus musgos
e produz falsos dramas,
está aqui mas não chamo
de nomes, sei que está
aqui
porque não se
apresenta,
um ditador sorridente
de econômicas palavras,
é através de sua
presença
que posso ver o engano,
é através de sua
presença
que é dito não estou aqui,
é através de sua
presença
que os olhos não
percorrem
a corrosão da presença
do que força em
disfarces,
do que monta por
ausência
a força de uma potência
existente no corpo
aéreo,
um pai de olhos
fechados
para o que se aflige
em rasa progenitura,
perfume reserva que não
toca
esta pele, este que
está aqui,
que se instalou aqui
por falta
de criatividade, que
disse
aqui parece um bom
espaço
vazio e assim fundou meu
conteúdo, assim fechou
minha cela com os ritos
do que não tem nome
ativo,
assim faz viver o que
morre
do que não lhe diz
respeito,
apesar de ser seu o que
não
se apresenta em
mecanismo
de mim que é doutro e
que não
se apresenta, mas cujo
nome
falso sobrevoa as
palavras
tão acostumadas a
disfarces
públicos e translitera chagas
formadoras do
escorredouro
de algum acúmulo
impróprio,
tão próprio ao que se
espanta
e que dá corda sem
saber
ao inaugural sujeito que
nunca
mais descansou os olhos
e cria pequenos acenos através
do meu ventríloquo profissional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário