deixar os pensamentos deformados
fluírem sem ideia
à margem das crateras de um mar crosta
vermelha
receber a verdade que sem força
queima os ossos
e inscreve nas paredes da
tentativa a nossa intenção
a frágil intenção de acalmar os
olhos arregalados
e despertar fora da caverna tão mesquinha
aceleração
rever os anfíbios que povoam a
sala dos clamores
cumprimentar as vozes que vêm de
outras dimensões
se misturar ao sangue de
anestesias compartilhadas
gavetas abertas de sorrisos que tentam
se encontrar
sustentar o cerco de mosquitos que
vivem e morrem
completar com holofote a espessa
travessia dos olhos
ver outra vez o silêncio
enterrado no que se reafirma.
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