limpo meu rosto com sabão
líquido
e não há novamente energia na
casa.
sou um masoquista que rejeita a
dor
que procura o masoquista
obstinado.
o amor é luxúria mais ciúmes,
logo,
contigo não entendo e choro
mínimo.
contigo não me movo e morro
besta.
contigo removo joelhos sem
futuro,
esmago gafanhotos de uma
tragédia.
o rosto nunca alcançará o
encontro.
perdido nas relações
internacionais.
havemos de nos entender no diabo
de nossas peles e mentes
empíricas.
o que eu quero de ti é que
escolhas
o que não podes silenciar em
verbo
e que me faças, com a dor
abrasante
dos serrotes eternos dos
gafanhotos,
suportar a música das sete
espadas.
e sobre eles me ajoelho
gigantesco
pois que é som se não se
reconecta?
parte melosa, a que eu mais
conheço,
dor e morte e falta de talento
azulado.
sobre a peça do fim, serrado ao
meio,
lanço meu sangue sobre o teu
cajado.
Um comentário:
Terrível, mas absolutamente lindo!
beijos, Leãozinho. Te encontro no dois de copas, depois que a chuva de gafanhotos passar.
Postar um comentário