com a vida que tenho, a vida que levo,
não me cabem as resoluções.
estou distante das singelas
paragens,
dos suaves abismos daqueles
que pretendem algo na ignorância
de uma impossibilidade vital.
sobre mim, por toda essa vida,
caíram os infortúnios
nobilíssimos
daquilo que não se completa,
do que não tem futuro aqui,
do que não estará em breve
comigo.
haverá algumas almas, no
entanto,
que me darão um sinal, ainda que
hesitante, de que pode, sim, haver,
de que talvez haja uma esperança,
talvez haja algo a ser completado,
um descanso palpável do que foge
escapando pela tangente do
espírito,
dando-me uma pesada de carinho,
empurrando-me ao próximo engano,
este tão certo quanto o fim do
reinado.
Um comentário:
Pesado, Leo. Bj. Mary
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