16.9.12

"o fim do menino"


agora é o fim das nossas noites áticas,
é preciso destruir um novo testamento.
enchemos de varizes as casas pálidas
e pouco sobrou à comunhão do adeus.

eis que estamos contando novos votos,
e a percepção dura menos que amizade.
as coisas das pedras lindas, estas jamais
nos trarão de volta a cor rara do adeus.

eis as curvas, grossas flores de tragédia,
eis as matas, mantidas em calças limpas.
a cor da fruta é mais a falta da cor viva,
e choramos infantis no coração do adeus.

bem métrico, mas não tanto quando sou,
bem métrico, e pouco abaixo do intestino.
mas como querer fazer as vezes de adulto
se procuro a convulsão alerta do menino.

mas o menino não soube dizer até logo;
aqui está ele em vestes formais de ateu.
as convulsões noturnas estão à margem:
se diz do menino o que se diz do adeus. 

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