sou aquele que dorme a mil por hora
e encharca os travesseiros com crimes,
porque os sonhos já não mais povoam
as iluminações reverberadas do corpo.
venha quieta e me tire da poça salgada,
venha firme como onda de maremoto.
derrame os olhos dentro do meu choro,
quero dormir a mil por hora no teu colo.
onde houver luz quero ser o cego chulo,
e nas garras da recordação sem piedade
encharcar os travesseiros com coragem.
mas você não vem, não há a boca firme,
e os sonhos se acumulam no esqueleto
doutra noite no fim do que se fez tarde.
a máquina desacelera nas rodas do dia,
mas havemos de ter de qualquer forma
um ao outro, sem tocar, a mil por hora.
11.3.12
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