9.8.10

“auschwitz”

sinto orgulho dos meus dedos feios,
que um dia foram bonitos, mas que
coisa mais incrível de sentir orgulho,
sobre o orgulho dos dedos tão feios,
hoje são feios, vividos e feios, vividos
de pôr abaixo as paredes retroativas,
são dedos feios, mas com belos nós –
e finalmente eu me orgulho: colhedor
de cenouras polonês, sabão humano.

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