hoje sou james dean na última curva,
algo como baudelaire chutando cristo
ou gandhi pedindo uma cerveja preta.
sou falta do que falta em que falta faz,
os olhos marejam de cansaço insípido,
as fronteiras não se rompem, os olhos,
por que pensar tanto assim nos olhos?
por que fazer a cama e esperar a morte?
hoje sou james dean à beira do segundo,
camus rasgando papéis ensangüentados.
sou a última anotação de quem chora,
as costas largas reiteram o crime antigo.
mas que tristeza esse trompete ao fundo,
esses móveis de madeira de lei, e que lei
nos fez pensar com os pés para desabar:
bichos de pau doendo úmidas entranhas?
22.4.09
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4 comentários:
puta-que-los-pariu!
estarei aí dia 09. nao tem como eu nao estar.
Pô, muito interessante isso aí. Fiquei na pilha de ler. Comprando do autor é mais barato? Grande abraço, Leonardo.
Leo querido, o sucesso de ontem no Buwokski - com todos que foram e fazão questão em ler seus poemas -foi incrível e inesquecível.
PARABÉNS. Você merece isso e muito mais. Vai em frente.
Um cheiro bem grande. Mary
OPS, "... e fizeram..."
bjs. mary
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