19.11.08

"poema ridículo"

sou matéria pura
carne em chamas
inchaço de urina
sou matéria-prima
a boca na lama
o fruto proibido
da minha verdade.

não busco verdade
pois na busca dela
matamos a poesia.

um caminho para
onde não importa
a vida não passa
do caminho para
o nó sem aviso
que se perde quando
confiamos demais
na direção dos pés.

Nenhum comentário: