4.12.07

“poema curto de emoção fugidia”

e o que será, na rua fria,
do filho que eu não tive,
pairando nalgum ventre?

o que, me diga, da fadiga
da qual nós, disfarçados,
morremos às pressas
todo dia, toda tarde,
à noite, diariamente,
sem nem mais saber
que dias nos farão
outra vez presas intactas?

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