apesar de tudo, nada, criança adulta,
até os confins elásticos do relâmpago.
há ainda o lampejo de um trompete,
um terremoto no mover de uma batuta,
um sopro infinito que, calmo, desce
e toca a nuca fria das tuas lembranças.
não te aflige, adulta criança, calma.
corre e diz a todos que há esperança.
a dor mais funda ainda está distante,
o precipício é a cama em que te deitas.
enquanto a fatalidade está à espreita,
chora, criança adulta, te aconchega.
depois dorme enquanto fere o espinho
e deixa tudo o mais para outro dia.
enquanto houver amantes e mentiras,
cala a boca e geme de prazer, pureza.
6.8.07
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário