talvez quem sabe tivesse restado algo
da contínua fricção imune entre os corpos,
talvez tivesse ao menos curado as mágoas,
se em vez de pouco tivéssemos entregue nada,
talvez se não tivéssemos cedido um milímetro,
talvez se a dita “descoberta ímpar” não fosse
aquela a qual chegamos aos pedaços que restam
da fricção temente à deificação incerta,
por preguiça do mesmo quarto de estátuas,
da próxima página, do mau-hálito matinal,
discriminados todos por beijos de olhos abertos,
e se ao menos não tivéssemos chegado tão perto
e se não tivesse de fato sido a pior descoberta,
a que nós sofremos de amor porque o amor
é sempre solitário e nunca o suficiente,
talvez se tivéssemos feito tudo ao contrário
do critério utilizado por loucos inocentes,
eu não estaria agora criando uma saudade
de mim sentindo falta do que não vivemos.
12.7.07
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2 comentários:
FILEO,
Vc. é demais:"...a que nós sofremos de amor porque o amor
é sempre solitário e nunca o suficiente,..."
bjs.MM
nunca o suficiente...beijo.
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