orgulhoso da própria pobreza enquanto
um novo mundo construía sua tumba.
com deus enquanto os piedosos
o tratavam como o idiota da aldeia.
da manga da tua camisa mais nova.
percebe o gosto que vem do último gole
quando um segundo é muito
e nosso único tempo hábil – hábil? –
diria espantado aquele da cor do chumbo
que se instala nos becos do cérebro
ou nas rodas que sobram de solidão e paz,
condenadas a festejar segredos invisíveis.
descascaram a sua pele como fruta seca,
vedaram seus olhos, asfixiaram seu luto,
apropriaram-se do seu corpo pela culpa
e as tuas bodas só completam nosso crime.
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