“só a emoção perdura”
Ezra Pound
Ezra Pound dizia
nos seus ensaios sobre poesia
que a poesia era uma ciência
assim como era a química.
ele acreditava piamente
no ritmo absoluto
de cada homem.
– como árvore ou água despejada –
concebia a poesia como arte pura
e cada homem como seu próprio poeta
sem diferença entre amadores e profissionais.
por ter nosso valor artístico reconhecido
antes de havermos descoberto algo novo.
sobretudo os gregos, os florentinos,
que devíamos ler Confúcio inteiro,
Homero inteiro, as versões latinas,
Ovídio e os poetas latinos “pessoais”
Catulo e Propércio.
ele veio do alto e nos disse, pousando:
não percam tempo com o que não presta,
vão direto até o talo do osso primordial.
(um esboço de Renascença, sinos medievais)
nem de Voltaire, Stendhal, Flaubert, Gautier,
Corbière – Corbière? – Rimbaud.
nada além de três ou quatro anos, os únicos.
disse que “nenhum verso é livre para quem queira
fazer um bom trabalho”. Ez aplaudiu emocionado.
versos diretos, geométricos, sem deslizes emocionais.
eis a sua poesia austera...
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