7.12.06

“mea culpa”

tonto sem desafios
crina sem égua no cio
louco sem bar;
o que talvez desafie
essa eterna vontade
de amar sobretudo os olhos
que só se protegem com lágrimas
mas no fim das contas
como sempre (como séculos)
tudo que existe desaparece
diante do apetite da página.

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