8.11.06

“parênteses”

mulheres passam como os crimes do governo
subterfúgios de náilon violados por decotes
vozes saúvas imploram com medo
pelo triunfo da agonia renegada
através de êxtases calculados
à medida do sossego impossível.
decidiram por mim que preciso ficar sozinho
(as pernas doem, os porres já não são os mesmos)
mas do meu escalpo pululam multidões (fantasmas).

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