14.8.06

“poeminha quântico”

somos todos costurados
neste mundo plano feito
efeito de um só estilhaço
que explodiu para dentro.

se não olharmos,
tudo são possibilidades.
quando olhamos,
partículas de existência.

coisas
não
são
coisas
são
tendências.

quero me libertar totalmente
como se todos os caminhos
fossem fluxos inconseqüentes
cargas elétricas em transe fixo.

você já viu a si mesmo
através dos olhos vesgos
de quem você se tornou?

um ser humano saber
sobre a origem das coisas
é como um peixe saber
sobre a origem dos mares
ou as bombas saberem
sobre a origem da guerra.

enquanto os espaços infinitos
forem vontades normalizadas
seremos todos antipromessas.

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