16.5.06

“a morte da mãe”

olhos doloridos
sob a cama de mogno
bocas perdidas
no escuro dos passos
chega o corpo.

te vejo tão calma
nariz de algodão
há pessoas na sala
a madeira é de lei
o silêncio repartido
entre hienas beatas
em conchas de mão.

te vejo tão calma
não vejo ninguém
tua gripe passou?
não me respondem
pigarreiam sabores
no teu cílio de lança
meu peito não entende.

teu calor ainda na cama
me deito vazio
reza quem diz que ama
paredes no cio
instigam a busca insana.

Um comentário:

Anônimo disse...

Algumas coisas não deveriam ser ditas.

Saudades....
Bjos Marona.